quarta-feira, 2 de abril de 2008

O DIA EM QUE O TEMPO PAROU!

Dois cafés e uma água sobre a mesa de um bar! Duas almas! Um reencontro! Cafés bebidos até meio, a água perdendo o gás pela tampa mal fechada! Recordações em comum, sorrisos em comum, olhares em comum, desejos em comum, lágrimas em comum, cumplicidades infinitas...

- Como se pára o tempo? - perguntou ela com a sua voz rouca.

- O tempo só pára quando duas pessoas especiais o desejarem ao mesmo tempo! - respondeu ele.

- Então, vamos parar o tempo! - disseram os dois ao mesmo tempo.

E o tempo dos amantes parou.
OS RELÓGIOS DEIXARAM DE TER PONTEIROS...


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O empregado levantou as duas chávenas ainda com café e a garrafa de água que já perdera todo o gás e amaldiçoou os clientes que ali estiveram e que sumiram sem pagar!

terça-feira, 1 de abril de 2008

PRIMEIRO DE ABRIL

Ele aproveitou o dia 1 de Abril para fazer a ronda pela família, pelos amigos, pelos vizinhos, pelos colegas e não pelos inimigos porque - que soubesse - não os tinha!

Nessa ronda entregou uma flora a cada um e disse que ia encetar uma grande viagem que o deixaria longe e sem dar notícias durante muito tempo!

Ninguém o levou a sério! Aliás, nunca ninguém o levava a sério! Todos sabiam do seu humor e da sua maneira de lidar com a vida e com o que se convencionou chamar destino. O facto de ser 1 de Abril mais induzia a que ninguém acreditasse na anunciada viagem!

O lusco-fusco dura 5 minutos. E foi ao lusco-fusco que ele escolheu começar a tal viagem: não só desmascarou o primeiro de Abril como nunca mais ninguém duvidou das suas histórias...